Meus Livros publicados

Meus Livros publicados

MEUS LIVROS VIRTUAIS E EM PAPEL

MEUS LIVROS VIRTUAIS E EM PAPEL

sábado, 19 de abril de 2008

O APRESSADO


O APRESSADO


Marco Aurélio Chagas

Em constante agitação,
Vivia aquele indivíduo,
Dando sempre a impressão,
De atender e ser assíduo.

Ao contrário, entretanto,
Muito tempo ele perdia,
Demonstrando que nem tanto
Cumpre urgente diligência.

Começou várias carreiras,
Sem nenhuma terminar.
Em constantes corredeiras,
Insistia em se encontrar.

Vida estéril e agitada
Não podia prosseguir.
Resolveu dar uma guinada
E viver novo existir.

Pôs um freio em seus impulsos,
Vida nova começou,
Com vontade e muito pulso
O tempo recuperou.

Pôde bem aproveitá-lo
O tempo de sua vida.
Isto foi um bom regalo
De toda essa sua lida.


Bem aproveitado agora
O tempo sem mais apuro.
Vivia bem toda hora
Mais feliz e mais seguro.

Com prazer o ex-apressado
Comentava o episódio,
De viver sempre estressado.
Estava feliz no pódio.

Vencera a incompreensão.
Nova vida ele vivia.
E com sincera emoção
Um novo tempo nascia.
2007

O VALENTE


O VALENTE

Marco Aurélio Chagas

Em um país existiu
Há muito tempo atrás
Indiscutível viril,
Homem valente e verás.

Nada e ninguém o detinha,
Qualquer que fosse o perigo.
O temor desconhecia
Frente à fera e inimigo.

E, por todos respeitado,
Obstáculos transpunha.
Fora visto amargurado.
Coisa que não se supunha.


Estava triste e abatido.
Aproxima-lhe um amigo
E lhe pergunta, incontido:
- o que aconteceu contigo.

Com olhar firme o valente
Respondeu com amargura:
- tenho lutado e vencido,
Isso sabe toda gente.



Sempre fui um destemido.
- Hoje conheci alguém
A quem temo de verdade.
O temi como ninguém,
Digo com sinceridade.


- E quem é esse que teme,
É o maior dos valentes?
E o gran batalhador treme
Abaixa a face silente
E responde com pesar:
- Eu mesmo. Cala e consente.
2007.

O AVARENTO


O AVARENTO


Marco Aurélio Chagas

Num povoado afastado,
Em uma pequena vila,
Entre montanhas viviam
Pessoas e um abastado.


Era o mais rico de todos.
E de um mau coração.
Despojava aos demais,
De seus bens, em profusão.


Tanta era sua avareza,
E em tudo punha preço,
Conseguia, com certeza,
Ter tudo sem muito apreço.


No lugar também havia
Um moço bom; verdadeira
Alma de Deus, se dizia,
A voz do povo, altaneira.


Certo dia adoeceu
Gravemente aquele avaro,
E o pior aconteceu:
Viu-se em total desamparo.


Prá salvá-lo era preciso,
De sangue, uma transfusão,
E ninguém em são juízo,
Quis lhe dar essa atenção.

O avarento anunciou,
Pelo precioso elemento,
Qualquer preço, em desespero,
Ofertava no momento.


Compreendeu o desolado,
Que o metal não compraria
O que era necessitado.
E que falta lhe faria!

Inteirou-se do incidente
Daquele pobre coitado,
O bom moço, prontamente,
Foi-se ter com o endinheirado.

Comovido o avarento,
Com aquele piedoso gesto,
Ordenou num só momento,
Buscar salvador dileto.


O jovem vinha apressado,
Caminhando pro castelo,
No trajeto foi picado
Por cobra, que flagelo!


E ao seu destino chegar
Relatou o caso passado.
Não foi possível salvar,
Com o sangue envenenado.

O avarento morreu,
E o jovem foi tratado,
E disso que ocorreu,
Cada um faz seu ditado.

2007.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

A ARTE DE FORJAR UMA NOVA INDIVIDUALIDADE

A ARTE DE FORJAR UMA NOVA INDIVIDUALIDADE


Marco Aurélio Chagas


Nova individualidade,

a que se há de forjar,

imprescindível saber

com o que se há de contar.


Quais pensamentos se têm

dentro da mente albergados,

alistar os que convêm

e os mantendo aliados.